Olá a todos(as)! Tenho estado um pouco out dos cozinhados mas espero voltar a sujar as mãos de farinha, açúcar e outros ingredientes o mais breve possível.
Hoje deixo apenas uma simples participação para o
Desafio de Culinária Reciclada do Delícias e Talentos, um óptimo alerta para todos nós. Ora, como era pedido a receita devia iniciar com uma frase sobre "reciclagem" de comida. O termo não soa muito bem, mas acho que todos percebem ao que ser quer chegar. Há quem lhe chame aproveitar restos e sobras, etc. etc...
O conceito que se pretende transmitir é a importância de nos consciencializarmos para evitar o desperdício de comida, sobretudo quando noutras partes do mundo a fome é uma cruel verdade no dia-a-dia. Aproveitarmos "restos" além de nos por a imaginar como utilizá-los num prato minimamente comestível e atraente, leva-nos a poupar dinheiro, a criarmos hábitos e práticas de poupança, evita-se menos produção agrícola, logo menos recursos do planeta, menos pesticidas, menos transportes, menos lixo, uma vida mais saudável.
Quando vi este desafio quis participar com outra receita, mas não me foi possível. Costumo guardar o molho que sobra das jardineiras (de vitela ou borrego). Congelo e com ele aproveito para cozinhar massa que fica com um excelente paladar dos ingredientes da jardineira, o molho de tomate, as ervas aromáticas,...
Mas a receita de hoje é mesmo frutos de outros restos.
Ingredientes:
Massa fusilli tricolore cozida
Fatias de queijo
Paté
Folhas de majericão
Vinagre balsâmico em creme
Azeite
Preparação:
Tinha um resto de massa fusilli já cozida que dava para um prato de refeição. Temperei com um fio de azeite e dispus por cima duas fatias de queijo cortadas aos bocadinhos. Levei ao microondas um minuto.
Coloquei uns bocadinhos (o final de uma embalagem) de paté e três folhas de majericão cortadas. Rematei com vinagre balsâmico em creme (versão balsâmico c/ doce de figo, disponível no Gourmet do Continente).
As folhas de majericão algumas parecem um pouco murchas. Explico: estava pronto a iniciar esta refeição quase vegetariana e tocaram-me à campainha. Enquanto fui atender o prato ficou morno e o queijo já não era aquela coisa derretida. Voltou ao microondas dai parecerem meias queimadas. Quando há pressa lanço a faca às folhas de majericão mas prefiro lascá-las com os dedos em bocados maiores. O metal do corte da faca acho que as oxida muito rápido. Usem-nas inteiras de preferência.
Outra dica de reciclagem: o majericão vem de um vazinho que floresce à mais de um mês numa janela soalheira da cozinha. Pelo preço habitual de um raminho embalado (mais ou menos 1,39€ a 1,49€) preferí um majericão em vaso. Está fresco à mais de um mês e se tivesse que comprar embalado já teria comprado seguramente sete ou oito embalagens individuais. E com isto, menos embalagens de plástico e menos papel autocolante para etiquetar a marca e o preço. Menos plástico, menos lixo, ambiente mais limpo.
As intensas e muito inteligentes campanhas sobre a reciclagem de resíduos domésticos deram frutos. Diz-se que água mole em pedra dura, tanto dá até que fura. Hoje por vezes ainda uma ou outra vez tento colocar no lixo latas de bebida ou garrafas. Mas quando estou com a embalagem na mão em direcção ao lixo, sinto-me de tal forma mal, mesmo como se estivesse a cometer um crime ecológico e acabo por mudar a direcção do braço e a embalagem lá vai para a separação de embalagens que acabam no ecoponto amarelo.
Também não consigo deitar óleos e azeite no ralo do lava-louça. Tudo é guardado em frascos de plásticos dos sumos de 1 lt já utilizados. Deposito depois nuns contentores à entrada dos supermercados Pingo Doce.