Os mitos à volta da cozinha, apenas me desafiam a entrar num ambiente que sempre gostei. Comer é um prazer, um acto social. Gosto de experimentar novos sabores e novas formas de cozinhar. Recordo os cheiros e sabores da infância, assim como após as minhas viagens venho para casa tentar reproduzir ou adaptar pratos que provei de outras culturas. Ouse e surpreenda os seus convidados ou a si próprio. Cozinhe,... sem tabus!


segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Panna Cotta Príncipe



A panna cotta é uma sobremesa praticamente à base de natas, a maioria delas decoradas e complementadas com frutos silvestres e compotas. Esta tem a diferença de ter incorporado o sabor da erva-príncipe.


Ingredientes:

440 ml de natas
150 ml de leite
95 gr. açúcar
20 gr de erva-príncipe
4 folhas de gelatina


Preparação:

Aqueça o leite com as natas sem deixar ferver. Junte o açúcar e a erva-príncipe e deixe ficar em lume muito brando por 20 minutos. Desligue, tape e deixe repousar mais 15 minutos.

Entretanto demolhe as folhas de gelatina em água fria. Retire o excesso de água, volte a aquecer o leite e junte a gelatina até que fique bem dissolvida. Com a ajuda de um passador coe directamente para moldes individuais ou para uma taça grande.  Usei pequenas formas de queque as quais passei com um dedo molhado em óleo.

Leve ao frio pelo menos duas horas antes de servir. Para desenformar descole os bordos com uma faca e mergulhe uns segundos em água quente. Decore por exemplo com phisalys.

O gosto da erva-príncipe (descreveria como um sabor a limão adocicado) fica intenso nas natas. É excelente e super delicioso. Experimentem! Não use erva-príncipe seca, use fresca porque fará toda a diferença. 

Nota: quem não tiver erva-príncipe no seu quintal, o único local que descobri à venda (e nem sempre) é nos hipermercados Continente na zona das ervas aromáticas embaladas.

Já aqui tinha deixado uma receita com esta erva, o caril tailandês de peixe, espreitem aqui.


sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Bacalhau à Chinesa



Não é um prato Chinês, apenas bacalhau com legumes (daquelas misturas congeladas).


Ingredientes:

Legumes q.b. (mistura chinesa congelada)
Bacalhau desfiado demolhado
Tomilho fresco
Azeite
Sal


Preparação:

Junte os legumes e o bacalhau, regue com azeite. Ligue o lume, tempere com tomilho fresco e deixe estufar aproximadamente 10 minutos. Mexa de vez em quando.

Um prato leve, simples, saboroso sem batata, arroz ou massa.


segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Bolo "Mon Chérie"



Em honra dos bombons com o dito nome fiz um bolo em que a surpresa está lá dentro. O bolo é facilmente adaptável a vários tamanhos/quantidades, tudo depende dos ovos que usar.


Ingredientes:

4 ovos (ou mais se preferir um bolo maior)
o peso dos ovos em açúcar
o peso dos ovos em farinha
metade do peso dos ovos em manteiga
1 colher de chá cheia de fermento para bolos
12 bombons "Mon Chérie" (ou mais se preferir)
1 cálice de vinho Moscatel
3 colheres de sopa cheias de chocolate em pó


Preparação:

Bata bem as gemas com o açúcar, junte a manteiga amolecida e continue a bater. Adicione o cálice de vinho Moscatel e a farinha aos poucos. Tem tendência a ficar uma massa rija, se o achar em demasia junte um pouco de leite. Por fim adicione as claras em castelo.

Se for mais apressado(a), pode suprimir as claras e no início bater os ovos inteiros com o açúcar. O resultado final é similar.

Numa forma sem buraco, untada e polvilhada com farinha, deite metade da massa. Com um coador espalhe duas colheres de chocolate em pó por cima da massa. Deite com cuidado o resto da massa e alise. Disponha os 12 bombons por cima em dois círculos. Leve a cozer a 180º aproximadamente 40 minutos.

Os bombons irão desaparecer no meio da massa à medida que o bolo coze. Imagine agora a mistura de chocolate derretido com o licor que se libertou, algures estarão as cerejas no meio da massa,...uhmmm... O bolo foi feito no Sábado, no Domingo à noite só restava uma discreta fatia por "respeito", não sei bem a quê ou a quem?

Depois de frio e de desenformado decore com uma colher de chocolate em pó polvilhada através de um coador.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Abóbora no Forno com Tomilho



E quando o arroz, a batata e a massa já nos cansam? Use e abuse dos legumes, faça deles o acompanhamento dos seus pratos. Sugiro abóbora no forno com tomilho e cebolas. Neste prato uso cebolas roxas mas como não as tinha de momento, improvisei com cebola branca.


Ingredientes:

Abóbora
2 cebolas médias (prefira as roxas)
tomilho fresco
sal
azeite

Preparação:

Descasque a abóbora e as cebolas, lave e corte em gomos. Disponha numa tarteira ou num tabuleiro de ir ao forno. Tempere com sal, tomilho e regue com um fio de azeite.

Leve ao forno a 200º durante 30 minutos. Não deixe que fique demasiado cozida e por consequência mole e a desfazer-se. Deve ficar um pouco al dente.

O truque da cebola: como não tinha roxa, reguei a cebola branca com vinagre balsâmico. Ficou assim uns minutos enquanto cortei a abóbora.

Só pela cor já vale a pena! Muito bom.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Paté de Alheira com Pasta de Tomate





Espero convencer os cépticos, aqueles a quem a alheira não convence. Eu mesmo pertenci a esse grupo, para mim alheiras (por força de as ver servidas nos restaurantes) só me faziam lembrar um monte de batatas fritas,  uma alheira atirada lá para cima e um ovo estrelado, tudo com um ar de imensa gordura a escorrer por todos os lados. Confesso que o cenário, quase parecido a uma sessão de lubrificação automóvel, não me convenceu durante muitos anos.

Mais tarde aprendi a cozinhar alheiras e reduzir-lhe a gordura ao mínimo, o que também depende da alheira que escolhemos. Os meus truques: prefiro alheiras de caça, habitualmente com carne de veado, coelho, faisão, e outras... todas carnes brancas. Depois aqueço água bem quente até quase ao ponto de ebulição. Desligo o lume e coloco a alheira completamente mergulhada uns 8 a 10 minutos até absorver bem o calor. A seguir é escorrida e limpa com papel absorvente. Finalmente numa frigideira anti-aderente coloco uma nozinha de manteiga e a alheira, sempre em lume no mínimo dos mínimos. Vire-a de vez em quando até que fique com a pele dourada. E garanto que não rebenta!

Hoje a sugestão é um paté feito com a alheira de caça acompanhado com um pouco de pasta de tomate.


Ingredientes:

1 alheira de caça
1/2 dente de alho fresco
3 colheres de chá de maionese
3 colheres de chá de pasta de tomate (procure na zona gourmet do hipermercado ou junto à pasta de azeitona)
1 folha de alface para decorar
mini tostas q.b.


Preparação:

Prepare a alheira como referi nos parágrafos iniciais. Depois de pronta, abra-a elimine a pele e retire com uma colher todo o seu recheio. Na picadora junte a alheira, o meio dente de alho e a maionese. Pique 15 segundos.

Disponha no recipiente de servir por cima de uma folha de alface. Com uma faca faça umas fissuras laterais que irá preencher com pasta de tomate.

Sirva ainda morno acompanhado de mini tostas. E vença o preconceito contra a alheira!

Como referi escolha uma alheira de caça. Se ao toque forem muito moles é porque tem muito pão e mais gordura, se forem mais rijas é porque tem mais carne e menos gordura. Prefira as últimas.

O paté de atum e de delícias do mar será que tem os dias contados em sua casa?

Bom apetite.




segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Torta de Claras e Amêndoa com Recheio de Ananás e Tamarindo



O agri do ananás e o doce do tamarindo juntaram-se hoje num manto de claras. A amêndoa une-os a todos.


Ingredientes:

8 claras
200 gr. de açúcar
150 gr. de amêndoa triturada
50 gr. de farinha de trigo
4 rodelas de ananás de conserva
1 colher de açúcar
4 tamarindos


Preparação:

Bata as claras um pouco e junte o açúcar. Mantenha a bater pelo menos dez minutos até ficarem bem firmes. Com uma colher-de-pau envolva o miolo da amêndoa (triturada) misturada com a farinha. Pode usar amêndoa com ou sem pele. Eu gosto com pele.

Leve a cozer num tabuleiro grande, rectangular, forrado com papel vegetal e untado com manteiga ou spray. Coza a 180º aproximadamente vinte minutos até estar cozida e começar ligeiramente a dourar.

Para o recheio corte as rodelas de ananás em finas lâminas, junte a parte mole de quatro sementes de tamarindo cortadas ao bocadinhos. Adicione uma colher de açúcar e uma colher da calda do ananás. Leve ao lume numa frigideira até reduzir o líquido (aproximadamente cinco minutos).

Disponha sob a torta e enrole. É uma sugestão para aproveitar claras que podem ser perfeitamente congeladas.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Tarte de Figo e Alfarroba



Quem já experimentou a farinha da alfarroba sabe que engana uns quantos... a cor não é de chocolate. Mas na verdade esta tarte até tem um pouco de chocolate, mas branco!

Para a base da tarte:

250 gr de figos secos (dê preferência à variedade "pingo mel")
1/2 pacote de bolacha tipo "Maria"
1 mão de amêndoas
2 colheres de manteiga

Corte os figos em quatro depois de extrair a parte dura do "pé". Junte a bolacha e as amêndoas. Triture na picadora. Faça-o em duas vezes, os figos ficam numa pasta grossa. No final junte a manteiga derretida e incorpore com os dedos. Forre o fundo de uma tarteira untada e calque bem para ficar uniforme e da mesma altura.


Para o recheio:

100 gr. de açúcar
3 ovos
75 gr de manteiga sem sal
125 gr de chocolate branco
50 gr de farinha de alfarroba
25 gr de farinha de trigo

Separe as gemas das claras. Bata o açúcar com as gemas. Em banho-maria ligue a manteiga como o chocolate branco. Deixe arrefecer um pouco para não cozer os ovos ao misturar. Bata bem. Por fim junte aos poucos as duas farinhas misturadas. Bata as claras e finalize incorporando suavemente.

Deite o preparado sob a base de figo e leve a cozer 10 minutos a 180º.

A mistura de sabores é excelente e a base de figo é diferente, faz-me lembrar o pão de figo e amêndoas, não sei se conhecem? É como se fosse do tamanho de um bolo de mel da Madeira mas um prensado de figos secos e amêndoas.


segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Gelado de Amoras



De regresso às rotinas, a sonhar com o Verão que ainda vai longe, entreti-me com o brinquedo novo: a máquina de gelados, oferta de Natal. A receita é uma das que vinha no livro do aparelho.


Ingredientes:

200 gr. de amoras
400 ml de leite
75 gr de açúcar
5 ml de óleo vegetal
10 gr de fécula (agente espessante)
Algumas gotas de essência de baunilha
1/2 colher de chá de sumo de limão


Preparação:

Misture o açúcar com a fécula (usei uma colher e meia de sobremesa). Juntei parte do leite e dissolva bem. Adicione o óleo (uma colher de sobremesa mal cheia), as gotas de baunilha e a meia colher de sumo de limão. Por fim as amoras e o resto do leite. Triture bem com a varinha ou no liquidificador.

Leve o batido à máquina de gelados de acordo com as instruções do aparelho, no meu caso foram 25 minutos.

Fica suave e pronto a comer. Se quiser um pouco mais consistente leve ao congelador mais 15 minutos. Acompanhei com um pouco de chantilly.

Pelo menos nos gelados, Verão é sempre que um homem (ou mulher) quiser.


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