Os mitos à volta da cozinha, apenas me desafiam a entrar num ambiente que sempre gostei. Comer é um prazer, um acto social. Gosto de experimentar novos sabores e novas formas de cozinhar. Recordo os cheiros e sabores da infância, assim como após as minhas viagens venho para casa tentar reproduzir ou adaptar pratos que provei de outras culturas. Ouse e surpreenda os seus convidados ou a si próprio. Cozinhe,... sem tabus!


quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Bolo de Iogurte Com Sementes de Papoila e Cobertura Mascarpone


Já tinha saudades de fazer um bolinho... Este estava anotado e veio directamente do blogue da Pipoka, o "Three Fat Ladies", que por sua vez também se tinha inspirado na Laranjinha do "Cinco Quartos de Laranja". Segui a sugestão da Pipoka ao colocar a cobertura de mascarpone. Adoro bolos com creme e cobertura. Este tem mesmo a minha cara e tinha de passar do papel para o forno!

Adaptei as quantidades para 4 ovos, para um bolo menor. No entanto deixo as quantidades da fonte.


Ingredientes:

1 iogurte natural (125 gr.)
6 ovos
3 copos de iogurte de açúcar

3 copos de iogurte de farinha
1 copo de iogurte mal cheio de óleo
2 colheres de chá de fermento em pó
raspa de 1 limão
3 colheres de sopa de sementes de papoila

Cobertura:

300 gr. de queijo mascarpone
raspa e sumo de 1 limão
3 colheres de sopa de açúcar em pó (icing sugar)



Bata as gemas com o açúcar (dois copos) até formar um massa esbranquiçada e fofa. Junte o iogurte, o óleo e a raspa de limão. Bata um pouco mais. Prepare as claras em castelo misturadas com o terceiro copo de açúcar.

Incorpore as claras no preparado anterior alternadamente com a farinha previamente misturada com o fermento. Por último adicione as sementes de papoila. Leve a cozer em forno médio (180º) em forma untada com manteiga e polvilhada com farinha. Tempo de cozedura aproximado é de 30 minutos, mas pode variar de forno para forno. Teste com um palito.

Cortei o bolo ao meio para o rechear por dentro. Deixei arrefecer completamente. Para a cobertura misture muito bem (pode ser com uma colher) o mascarpone com o sumo e raspa do limão e o açúcar em pó. Assegure-se que fica com uma consistência uniforme. Guarde no frio até ao momento de rechear o bolo (o que só deve fazer depois de frio).

Como fiz um bolo menor (só com 4 ovos) os 300 gr. de mascarpone foram suficientes para rechear o interior e cobrir toda a superfície. Decorei com mais algumas sementes de papoila e alguns confetti. Desculpem-me os mais exigentes, mas notam-se alguns bocadinhos de raspa de limão e o creme não está perfeitamente alisado. 

Obrigado Pipoka, confirma-se que é um delícia e o ligeiro sabor a limão combina na perfeição.





quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Gula ou Devaneio? Uvas com Leite Condensado



O que é que se pode chamar a isto? O verdadeiro pecado da gula ou um devaneio por défice de acúcar? Não sei, mas certamente uma extravagância calórica. Não abusei muito no leite condensado.

As uvas estavam muito frescas assim como o leite, restos de uma lata. Doce em cima de doce,... Não é para repetir muitas vezes este tipo de devaneio, no entanto posso dizer que o meu ego ficou plenamente satisfeito naquele início de tarde de Domingo.


Ingredientes:

uvas q.b.
leite condensado q.b, ambos bem frescos.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Rolo de Bacalhau com Broa e Acelgas


O meu gosto por cozinhar tortas, desde doces a salgadas acho que já deu para transparecer, pelo menos por algumas receitas que já aqui coloquei: a última o "Rolo de Carne Fingido", no campo dos doces há desde torta de caju a torta de cenoura, de avelãs,... e tantas que ainda aqui não tiveram o seu lugar.

Hoje voltamos aos salgados com um produto nada nosso, mas tão consumido por nós - o bacalhau. Já a broa, essa sim é bem nossa. A minha sugestão vai para um rolo de bacalhau com broa recheado de acelgas salteadas.

Fiz assim:

Ingredientes:

500 gr. de bacalhau desfiado e demolhado
400 gr. de broa
2 dentes de alho
50 ml de azeite
30 gr. de coentros picados
80 gr. de azeitonas pretas sem caroço
sal e pimenta
200 gr. de acelgas

Para o bechamel:

400 ml de leite
40 gr. de farinha de trigo
20 gr. manteiga
sal e noz-moscada q.b.


Preparação:

Na picadora (ou quem tiver bimby) triture a broa de modo a ficar bem esfarelada mas evite em demasia, não se pretende pó de broa. Aqueça o azeite e junte os dois alhos picados. Refogue um pouco e junte em seguida o bacalhau desfiado, demolhado e escorrido. Refogue por cinco minutos aproximadamente.

Num pirex misture a broa desfeita com o bacalhau (e o líquido que se formou) com os coentros picados e as azeitonas às rodelas. Misture bem com uma colher-de-pau.

Enquanto o bacalhau refoga, prepare o bechamel dissolvendo muito bem a farinha num pouco de leite, ao qual se junta a manteiga, sal, noz-moscada e o resto do leite. Leve a lume médio mexendo sempre até engrossar.

Deite o bechamel na pasta de broa e bacalhau. Incorpore bem. À parte, numa caçarola num fio de azeite, saltei as acelgas em lume médio até que as folhas murchem. Desligue de imediato.

No mesmo pirex com as mãos dê forma de um rolo à massa. Com uma faca faça um corte ao longo do rolo até à profundidade do centro. Rechei com as acelgas ligeiramente salteadas. Volte a selar o rolo. Para me facilitar o trabalho transferi-o com a ajuda de uma espátula para cima de uma folha de papel de alumínio. Assim, consegui dar-lhe uma forma mais digna de uma torta. Entretanto lavei o pirex, sequei-o e o rolo voltou para lá. Por fim cobri com mais alguma broa moída que reservei (o equivalente a quatro/cinco colheres de sopa) e reguei com um fio de azeite. Levei ao forno numa temperatura média por 20 minutos.


Antes de selar o rolo já recheado de acelgas

O rolo acabado de sair do forno

Pode decorar com mais algumas rodelas de azeitonas pretas e sirva fatias do rolo acompanhadas de salada. Se quiser repita a acelga ou rúcula, tomatinhos cherry, o que mais lhe apetecer.

Posso dizer que fica suberbo. Uma dica final: cortem as fatias grossas e com cuidado, usem uma faca com serrilha tipo faca de cortar pão. Uma faca normal vai amassar e esborrachar o rolo.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Cherry, Feta e Pasta de Azeitona


Esta é uma espetada para equilibrar uma refeição ligeira. É fácil e rápida de preparar, de baixo custo e com pouca louça para lavar. E nutritiva é claro. Coincidência ou não, foi o meu faits divers para acompanhar uma sopa de legumes. Vi no blogue da Argas e da Belinha Gulosa um pedido para se divulgarem receitas rápidas para o dia-a-dia. Posso com estas espetadas de tomate cherry deixar o meu contributo.


Ingredientes: (por pessoa)

4 tomates cherry
4 cubos de queijo feta
2 colheres de azeite virgem extra
óregãos secos
um pouco de pimenta moída na altura
1 colher de sopa cheia de pasta de azeitona
2 palitos de espetadas


Preparação:

Lave e corte os tomates cherry virados com o pé para baixo. Não corte totalmente, deixe que as duas metades não se separem. Misture o azeite com os orégãos e passe os cubos de feta por este tempero.

Espete os palitos num tomate, depois no queijo. Repita mais uma vez tomate e queijo. Com uma colher de café preencha os cherry (que deixou ligeiramente abertos) com a pasta de azeitona.

Forrei um prato de sobremesa com uma folha de alumínio e coloquei as duas espetadas acompanhadas de duas tostas de pão sueco.

A sopa de legumes foi assim intercalada com umas trincadelas nestas simpáticas espetadinhas. Enquanto jantava caiu uma chuvada forte mas rápida. O Verão já era!

Espero que as amigas Argas e Belinha Gulosa apreciem. E nem um prato sujei... foi só retirar a folha de alumínio e o pratinho voltou para o seu sítio.




quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Rolo de Carne Fingido







Para hoje temos um rolo de carne fingido. Esta receita andava no meu dossier à já bastante tempo para ser testada. Foi-me dada num papelinho A5 por um senhor da Figueira da Foz em letra de caligrafia como só antigamente se escrevia. Apenas fiz uma pequena alteração, adicionei um pouco de bechamel.

Ingredientes:

Para a base (como se fosse uma torta):

4 batatas
4 gemas de ovo
4 colheres de sopa de farinha de trigo
4 colheres de sopa de leite
4 claras em castelo
sal

Para o recheio de carne:

1 kg de carne de novilho para jardineira
200 ml de bechamel
1 limão
sal


Preparação:

Pele e coza as batatas cortadas em quartos. Escorra e passe-as pelo passe vite. Incorpore as gemas, o leite, a farinha, tempere com uma pitada de sal e finalmente junte as claras em castelo. Forre uma forma rectangular com papel vegetal e deite a massa tal qual como se estivesse a preparar uma torta. Coza 15 minutos aproximadamente em forno a 185º até que comece a dourar.

Sob uma folha de papel de alumínio deite a torta. Retire o papel vegetal e barre com o recheio de carne. Enrole e com a ajuda do papel de alumínio volte a colocar a torta recheada no tabuleiro. Disponha-a na diagonal para caber. Leve ao forno mais 5 minutos para dourar mais um pouco. Use as pontas do papel de alumínio para puxar e transferir a torta de uma só vez do tabuleiro para a travessa de ir à mesa.

Para o recheio de carne de novilho aconselho que preparem uma carne como se fosse para uma jardineira. Use a panela de pressão para ficar bem tenrinha. No final escorra o molho e pique apenas a carne na picadora 1-2-3. Triture bem até obter um puré. Junte o sumo de um limão e um pacote de bechamel de 200 ml. Ligue bem e ficará com uma pasta de carne mais simpática para barrar a torta. Usem por exemplo esta minha receita de jardineira, substituindo a carne de borrego por novilho e obviamente não coloquem os legumes da jardineira, veja aqui a receita de jardineira.

Sirva fatias deste rolo de carne acompanhadas de salada da época. Bom apetite!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Bifes de Frango com Tomilho e Alfazema


Os aromas de algumas ervas seduzem-me verdadeiramente. Tomilho fresco e flores de alfazema secas bastam para uns bifes de frango saibam a outra coisa, algo primaveril.

Ingredientes:

2 bifes de frango
½ colher de chá de tomilho fresco
½ colher de chá de flores de alfazema seca
sal
manteiga
¾ a 1 pacote de natas de 200 ml

Preparação:
Tempere os bifes com sal. Frite-os ligeiramente em manteiga, polvilhe com o tomilho a meio da cozedura. 
Junte as natas e as flores de alfazema. Envolva com uma colher-de-pau e deixe apurar para que a alfazema liberte o perfume. Sirva acompanhado de batatinhas noisettes e salada de espinafre.
Um jantar rápido mas muito perfumado. Garanto-vos que não sabe nem a sabonete nem a detergente de alfazema! Bem,... também não sei qual o sabor do detergente! Experimentem esta receita. 


terça-feira, 21 de setembro de 2010

Cação à Andaluzia



Nos pratos do sul de Espanha já se sente alguma influência de Norte de África. O exemplo deste cação tem um travo ácido e com um toque de especiarias, numa acomodação à cozinha Espanhola. Tentei reproduzir este prato e saiu-me muito parecido.


Ingredientes:

500 gr de cação em cubos
5 colheres de vinagre de sidra
1 colher de sumo de limão
sal
cominhos moídos q.b.
1 ovo
2 colheres de farinha de trigo
óleo para fritar
2 pimentos de Padrón para decorar


Preparação:

Corte os cação em cubos. Tempere e envolva bem com sal, vinagre de sidra, sumo de limão e os cominhos (não exagere senão fica demasiado forte, mas não deixe de os colocar). Deixe nessa marinada pelo menos uma hora.

Vinte minutos antes de iniciar a fritura prepare o polme batendo o ovo com a farinha e uns pingos de água para controlar a consistência. Deixe repousar vinte minutos no frigorífico.

Aqueça o óleo e frite os cubos de cação escorridos e passados pelo polme. Decore com dois pimentos de Padrón grandes ou sirva acompanhado de uma dose desses pimentos (veja aqui como os preparo).

E assim se regressa da última semana de férias de Verão, ainda na nostalgia da (re)adaptação às rotinas do dia-a-dia e do regresso à jornada laboral.

Ainda fui a banhos até à ilha de Tavira (que adoro) e um saltinho a Cadiz e Granada que não conhecia.












quinta-feira, 9 de setembro de 2010

A Melancia e o Figo Encontraram-se...




Doce de figo, mascarpone e melancia em base de massa filó.

No Domingo passado ainda consegui um excelente dia de praia, mesmo por aqui pelos lados de Lisboa. As águas da margem sul estão a temperaturas nunca sentidas. Imaginem na praia da Fonte da Telha, um pouco mais a sul junto às arribas fósseis avistei três golfinhos a passearem literalmente a menos de 50 metros da areia. Estiveram em passeios para cá e para lá, com alguns saltos espectaculares. Foi pelo menos meia hora a uma hora sempre com eles à vista. Quem passava não poderia ficar menos do que atónico! Eles terem saído da zona de Troia/Sado só justifica como as águas estão boas para até os golfinhos irem dar uma voltinha.

Um nadador mais curioso nadou em direcção aos golfinhos. Viu-se perfeitamente que eles deram a volta ao homem a menos de cinco metros. Foram circundá-lo num ar curioso. São uns animais fantásticos. Depois de muito saltitar para galgar as ondas e mergulhos e mais mergulhos, na chegada a casa ainda houve paciência para pôr os convidados à espera... que finalizasse a sobremesa.

Tinha já preparado umas caixas de massa filó que aproveitei de Sábado quando fiz os figos em massa filó. Preparei e cozi as caixas como indiquei na receita de Terça-Feira. Conservam-se estaladiças alguns dias, desde que bem fechadas numa caixa hermética.


Ingredientes: (para 4 pessoas)

4 caixas de massa filó cozida
250 gr. de queijo mascarpone ou equivalente (queijo creme para barrar, queijo Phyladelphia,...)
3 colheres de sopa bem cheias de doce de figo
1 colher de sopa de açúcar em pó
amêndoas laminadas para decorar
4 bolinhas de melancia


Preparação:

Misture muito bem o queijo creme com o doce de figo e o açúcar em pó. Uma dica: o açúcar em pó é três a quatro vezes mais caro que o açúcar branco granulado. Prepare só a quantidade que precisa colocando o açúcar na picadora 1-2-3. Active a máquina por 20 segundos e já está: açúcar em pó sem gastar mais um cêntimo. Se sobrar guarde fechado, o açúcar tem data de validade ilimitada.

Como só fiz quatro caixas de filó, achei que não valia a pena ligar a batedeira, misturei bem com uma colher. Pode deixar este creme preparado umas horas antes (o que é preferível). Terá de montar a sobremesa apenas no momento de servir para evitar que a massa filó fique húmida e perca a característica estaladiça.

Com o saco de pasteleiro encha as caixas. Coloque uma bolinha de melancia no centro e decore com lâminas de amêndoa à volta. O creme e a fruta devem estar bem frescos. Sirva de imediato e delicie-se com o doce e o estaladiço da massa combinados com os sucos da melancia.

Toda a gente adorou e ainda assistiram à montagem da própria sobremesa. Só me perguntavam: "Que nome vais dar a isto?". Disse-lhes: "Sei lá,... logo penso nisso".





quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Pimentos de Padón



Hoje uma sugestão para uma entrada ou simplesmente petiscar. Os pimentos de Padrón tem entre 5 a 10 cm de comprimento e são provenientes da localidade de Padrón na Galiza a 25 Km a sudoeste de Santiago de Compostela. Diz-se na gíria popular Galega "Os pementos de Padrón, uns pican e outros non". Quem já os experimentou sabe que é assim, nunca sabemos onde estão os picantes.

Ingredientes:

Pimentos de Padrón
Sal grosso
Azeite


Preparação:

Eu faço assim: lavo os pimentos em água corrente e ainda molhados salpico-os de sal grosso. Levo a lume médio uma frigideira larga anti-aderente . Coloco os pimentos e vou rolando-os com uma colher-de-pau ou com uma pinça até que comecem a ficar ligeiramente queimados. Isto demorará uns 5 minutos e o sal já estará seco no fundo da frigideira.

Desligue o lume e de imediato lance um fio de azeite sobre eles. Mexa (abanando) com a própria frigideira. Com o calor irão fritar ligeiramente durante uns 30 segundos enquanto o calor ainda se mantém no fundo. Verta-os para a travessa de servir e deguste-os ainda mornos, bem salgadinhos. Uhmmm. É dos meus petiscos favoritos e depois é esperar para ver a quem calham os picantes! Comem-se à mão segurando o pé.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Figos em Massa Filó





Já que estive a mexer em farinha de alfarroba para fazer umas trufas (receita de ontem), decidi combiná-la com figo. Para descobrir o fruto recheado é preciso desbravar algumas camadas de massa filó, a qual deixei ficar bastante estaladiça. Um figo recheado de surpresas.

Ingredientes:

Massa filó
4 figos
1 colher de sopa de açúcar
1 colher de chá de canela
1 colher de chá de farinha de alfarroba


Preparação:

Compre uma embalagem de massa filó, eu utilizei uma parte de uma que tinha congelada. A massa filó para quem não conhece é muito fina e parecida à massa dos pasteis de Tentúgal. Existe nos hipermercados junto à massa folhada e quebrada.

Corte a massa em quadrados que cubram uma forma de queque. Utilize dois quadrados sobrepostos mas desencontrados por cada figo. Forre desajeitadamente as formas de queque.




Lave os figos e corte o topo de forma a que fique com umas tampas. Retire o interior da fruta com cuidado para não perfurar os figos.





Misture a polpa do figo com o açúcar, canela e a farinha de alfarroba. Volte a encher os figos.




Coloque-os dentro da massa filó e acomode-a de modo a que fique a ver-se a ponta do fruto.




Disponha as formas de queque com os figos em massa filó num tabuleiro de ir ao forno. Deixe cozer 10 minutos aproximadamente em temperatura de 175º-180º. Deixe tostar bem a massa para que fique muito estaladiça e com cor dourada. Vigie o forno porque um minuto pode fazer a diferença e a massa passar a queimada.

Sirva morno ou fria mas não muito tempo depois de terminar esta sobremesa, senão a massa perde o efeito estaladiço e os sucos do figo humedecem a base. Uma opinião final: acho que o figo liga bem com a farinha de alfarroba (por exemplo em tartes), com figos frescos também gostei da mistura, não esquecendo também o toque da canela. Esta sobremesa é que se pode mesmo chamar de "um figo".




segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Trufas de Alfarroba




As trufas de alfarroba fazem-se num instante e são excelentes ao paladar e ao olhar. Sim, são trufas mas não tem chocolate! A farinha de alfarroba é um excelente substituto do cacau, aconselhada até para diabéticos. Quem não conhece a farinha de alfarroba recomendo, não só pela experiência de um novo sabor mas também para promover os nossos produtos nacionais. Já aqui publiquei um bolo alfarroba, amêndoa e gila que fez um sucesso.

Ingredientes: (para 10 a 12 trufas)

1 chávena de amêndoas com pele
¼ chávena de farinha de alfarroba
½ chávena de coco ralado
⅓ chávena de mel
1 colher de sopa de azeite

Preparação:

Triture a amêndoa juntamente com o coco na picadora até ficar com uma textura muito fina. Num recipiente de vidro junte esta mistura com a farinha de alfarroba. Envolva bem com uma colher. Adicione o mel e a colher de azeite. Amasse bem com uma mão até formar uma bola consistente.

Molde pequenas bolas com as mãos (estas quantidades dão para aproximadamente 10 a 12 trufas). São bastante fáceis de moldar, basta rolar entre as duas palmas das mãos. O azeite que tem incorporado ajuda a que não se torne pegajoso nem se desfaçam.

Por fim role as trufas em coco ralado. Guarde-as no frigorífico numa caixa fechada para ficarem mais firmes.

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Aproveito para apresentar uma das minhas "crianças", outra das minhas paixões, a arte do bonsai. Tenho diversos exemplares e alguns ainda estão na fase denominada pré-bonsai, ou seja, a planta está ainda em formação. O bonsai não é uma espécie, ao contrário do que algumas pessoas pensam. O bonsai é uma técnica horticultural na qual se conseguem manter árvores em pequenos vasos. Esta arte é oriunda da China e Japão à muitos séculos.

Hoje em dia quem se dedica a este hobby tenta apostar nas espécies locais. Já é possível ver bonsai de oliveiras, figueiras, alfarrobeiras, etc... Os exemplares mais vistosos e mais velhos são provenientes da Ásia de espécies que não são nativas do nosso clima.

Cada bonsai com o seu tratador tem uma história, se bem sucedida pode a planta viver mais que o seu dono. Assim, um dia um formador disse-me: "Cria um bonsai para os teus netos". É uma obra de arte viva, onde por ela passam as estações do ano, onde aparecem flores e frutos. Tudo igual à mãe Natureza, apenas em ponto pequeno.

A minha alfarrobeira terá uns 3,5 anos e o curioso da história dela é que como não conseguia arranjar uma, uma senhora simpática de um fórum na Net, a qual acabei por conhecer num encontro, enviou-me um dia por correio dentro de um envelope almofadado uma pequenina alfarrobeira. Era apenas um tronquinho minúsculo e duas folhinhas. Foi logo plantada e actualmente já tem algo que se pareça com uma copa. Mas para que adquira o título de bonsai ainda lhe faltam muitos anos. Para terem uma noção da dimensão a foto foi tirada junto a um livro e a duas alfarrobas das árvores em tamanho real.






sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Sardinhas Assadas no Forno


As sardinhas também podem ir ao forno, porque não? O intenso cheiro de uma sardinhada é anulado nesta preparação. A receita vi no blogue da Cristina, o "Ovo Estrelado". Não utilizei os tomates cherry porque no momento da compra estavam a € 2,49 uma caixinha das mais pequenas. Habitualmente custa cerca de € 1,25. Achei um abuso pagar tomates miniatura a peso de ouro! Como não houve tempo de ir a outro supermercado, acabei por usar tomate normal.

Também não usei as azeitonas nem o tomilho/oregãos sugeridos pela Cristina. Em suma fiz o mais simples possível, apenas quis aproveitar a parte do ir ao forno.


Ingredientes:

8 sardinhas
1 dente de alho picado
1 tomate maduro pelado
azeite
sal


Preparação:

Temperei as sardinhas com sal  e o alho picado. Foram dispostas num tabuleiro de ir ao forno com algumas rodelas de tomate intercaladas. Reguei com o azeite e o sumo de limão.

Foi ao forno 15 minutos. Acompanhei com batata cozida com pele e salada de rúcula com pimento vermelho assado.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Longueirões à Bulhão-Pato



Os longueirões (ou lingueirões) são moluscos bivalves, que se encontram protegidos por duas conchas articuladas num ponto. Como fazem lembrar um cabo de uma navalha também são conhecidos como tal. De textura algo fibrosa são óptimos para comer simples, por exemplo à Bulhão Pato ou em arroz. Quem ficar com fome com umas amêijoas, recomendo este bivalve já que satisfaz estômagos mais exigentes (de quantidade).

Deve adquirir os longueirões em local que lhe garanta qualidade. Se comprados vivos o animal deve mexer-se ao toque. Devem ser mergulhados em água com sal para libertarem a areia que possam ter. Prepare-os no dia da compra ou no máximo no dia seguinte, garantido sempre que estão vivos no momento da confecção.




Ingredientes:

1 kg de longueirões frescos
5 dentes de alho
2 dl de azeite
3 colheres de sopa de coentros picados
1 pitada de sal
sumo de 1 limão grande


Preparação:

Depois de mergulhar os bivalves em água com sal volte a lavá-los bem em água corrente. Corte em rodelas grossas os cinco dentes de alho e leve a aquecer no azeite. Em lume médio numa caçarola larga coloque os longueirões escorridos. Junte os coentros picados e tape. Pode juntar uma pitada de sal mas não é requisito essencial.

Deixe cozer 5 a 10 minutos. Eventualmente mexa com cuidado uma vez. Se o fizer mais para o final da cozedura corre o risco de os longueirões se soltarem das cascas. Prefira uma caçarola larga para que a maior parte dos bivalves estejam em contacto com o azeite.

Depois de desligar o lume regue com o sumo de limão. Sirva de imediato acompanhado por um bom pão para molhar no molho.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Ainda sobre Figos,... Pequeno-Almoço Energético



O pequeno almoço deve ser uma das melhores refeições do dia. É aqui que devemos consumir alimentos energéticos. Tenho curiosidade em saber quantas pessoas consomem fruta ao pequeno-almoço? Não sou adepto da refeição da manhã às pressas nem de pequeno-almoço de bica+pastel de nata. Gosto de pastel de nata e de café também, mas para outras horas do dia.

Consumo sempre fruta de manhã, ou uma peça em separado ou misturada nos cereais com no exemplo de hoje. As possibilidades de combinação são quase infinitas. Não há desculpas de falta de tempo. Cinco minutos bastam para um pequeno almoço delicioso e energético.


Ingredientes:

2 iogurtes (naturais ou de aroma)
cereais de pequeno-almoço
1 ou 2 figos bem maduros


Preparação:

Cá está mais uma utilização para as bagas goji, como elemento decorativo deste pequeno-almoço. Na realidade não são só decoração porque elas são também altamente ricas em elementos anti-oxidantes.

Misture o iogurte para ficar cremoso. Deite sobre os cereais e decore com o figo e as goji.

Delicie-se e vá para o trabalho (ou para a praia, se estiver de férias) com outro vigor.

Feliz dia.
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