Espero convencer os cépticos, aqueles a quem a alheira não convence. Eu mesmo pertenci a esse grupo, para mim alheiras (por força de as ver servidas nos restaurantes) só me faziam lembrar um monte de batatas fritas, uma alheira atirada lá para cima e um ovo estrelado, tudo com um ar de imensa gordura a escorrer por todos os lados. Confesso que o cenário, quase parecido a uma sessão de lubrificação automóvel, não me convenceu durante muitos anos.
Mais tarde aprendi a cozinhar alheiras e reduzir-lhe a gordura ao mínimo, o que também depende da alheira que escolhemos. Os meus truques: prefiro alheiras de caça, habitualmente com carne de veado, coelho, faisão, e outras... todas carnes brancas. Depois aqueço água bem quente até quase ao ponto de ebulição. Desligo o lume e coloco a alheira completamente mergulhada uns 8 a 10 minutos até absorver bem o calor. A seguir é escorrida e limpa com papel absorvente. Finalmente numa frigideira anti-aderente coloco uma nozinha de manteiga e a alheira, sempre em lume no mínimo dos mínimos. Vire-a de vez em quando até que fique com a pele dourada. E garanto que não rebenta!
Hoje a sugestão é um paté feito com a alheira de caça acompanhado com um pouco de pasta de tomate.
Ingredientes:
1 alheira de caça
1/2 dente de alho fresco
3 colheres de chá de maionese
3 colheres de chá de pasta de tomate (procure na zona gourmet do hipermercado ou junto à pasta de azeitona)
1 folha de alface para decorar
mini tostas q.b.
Preparação:
Prepare a alheira como referi nos parágrafos iniciais. Depois de pronta, abra-a elimine a pele e retire com uma colher todo o seu recheio. Na picadora junte a alheira, o meio dente de alho e a maionese. Pique 15 segundos.
Disponha no recipiente de servir por cima de uma folha de alface. Com uma faca faça umas fissuras laterais que irá preencher com pasta de tomate.
Sirva ainda morno acompanhado de mini tostas. E vença o preconceito contra a alheira!
Como referi escolha uma alheira de caça. Se ao toque forem muito moles é porque tem muito pão e mais gordura, se forem mais rijas é porque tem mais carne e menos gordura. Prefira as últimas.
O paté de atum e de delícias do mar será que tem os dias contados em sua casa?
Bom apetite.
Deve ser realamente boa esta sugestão.Bela apresentação também...
ResponderEliminarBjokas,
Rita
Caro Miguel........lamento imenso que nunca tenhas comido ALHEIRA como realmente deve ser cozinhada e comidas...que erro crasso da tua parte hehehe...
ResponderEliminarPois bem meu caro....alheira que seja verdadeira alheira,depois de bem seca debaixo da lareira ao fumo, deve ser picada com um alfinete, posta numa grelha a assar directamente nas brasas...o acompanhamento será do melhor uns grelos cozidos e batatas, regados com um bom azeite transmontano ou tb e como eu adoro, assar na brasa meter por cima de uma fatia de bom pão centeio caseiro devidamente acompanhada por uma caneca de bom café.........isso para mim é saber cozinhar e comer uma boa alheira...(ainda que feita numa frigideira deve ser picada e assar sem qualquer tipo de gordura.
Experimenta e diz-me depois alguma coisa ok?
Quanto ao patê digo-te que não sou apreciadora destas variantes modernas da alheira...no entanto ressalvo que está com muito bom aspecto...Aqui em Mirandela, até já fazem gelado de alheira hehehe(modernices)
Beijinho
É uma sugestão a expeimentar. Vi muitas vezes paté de alheira mas nunca me atrevi a repetir por achar que a alheira 8que eu adoro) tem um sabor forte, mas quem sabe?
ResponderEliminarUma boa semana
Obrigada pela dica, vou tentar fazer a Alheira dessa forma, pois as minhas rebentam sempre. Eu gosta de as fazer no forno.
ResponderEliminarO paté está divinal.
Beijinhos
Gostei bastante da tua sugestão.
ResponderEliminarA variedade de alheira que prefiro também é a de caça, acho que tem um sabor mais leve. Gosto de as confeccionar no forno ou na actifry, não adiciono nenhuma gordura (pois já a tem em excesso).
Boa sugestão, com excelentes dicas para as confeccionar, confesso que também não morro de amores por alheiras, precisamente pela dita gordura, mas os nossos gostos vão evoluindo e quem sabe, se qualquer dia pego numa alheira e preparo um paté como o do Miguel:)))
ResponderEliminarBeijinhos.
Miguel,
ResponderEliminarde tudo o que mais gostei foi a tua tacinha em forma de tomate, adorei, sou fã desse tipo de loiça.
Coisas de mulher, hi.. hi..
Beijinho
Maria
Olá Tuquinha, obrigado pelas sugestões. Omiti, mas costumo picar a alheira e na versão frigideira coloco menos de uma colher de chá de manteiga, muito pouco mesmo. A alheira a assar em cima de um grelha nas brasas não a rebenta de imediato?
ResponderEliminarRachel, boa sugestão fazer também no forno.
Papinha Doce, a peça de louça, "O Tomate", foi uma oferta e é proveniente das faianças Bordalo Pinheiro. Mais português não podia ser. Se não está em uso serve bem como elemento decorativo.
E que boa sugestão mesmo Miguel adorei,bjokinhass
ResponderEliminarBom como transmontano e apreciador de alheiras devo dizer que esta sugestão até me agradou. Sem duvida que adoro alheira cozinhada de forma tradicional, mas estou aberto a novas sugestões. Vou guardar esta receita para experimentar.
ResponderEliminarAbraço.
Este paté deve ficar uma delicia, eu sou das que adora alheira, só evito pela gordura que tem
ResponderEliminarUm beijo
Ora aqui está uma receita ao meu gosto, adorei a combinação com o tomate e a tua taça tb, parabéns mais uma vez.
ResponderEliminarbeijo da marmita
Eu e as alheiras também temos uma relação muito má. Quando havia Carrefour aqui em Loures, eles tinham lá umas alheiras de caça que eram uma maravilha. Compravamos de vez em quando.
ResponderEliminarDepois...passou a Continente e essa marca desapareceu.
Há uns 2 anos fomos a Mirandela e trouxemos umas de caça. Tinham um óptimo aspecto, mas via-se que eram ainda muito frescas. Pendurei-as uns dias numa colher de pau e...quando me pareciam estar mais secas, vai de as confeccionar.
Bem...pareciam bombinhas de carnaval.Estoiravam por e salpicavam por todo o lado e,milagre dos milagres, à medida que iam estoirando, rebentavam de tal maneira que na fritadeira era ver só bocados de carne, de gordura à mistura com o óleo da fritura. Bem...foram direitinhas para o lixo.
Passada esta cena, pouca vontade me ficou de as voltar a comprar.
Mas no outro dia disseram ao meu marido que o Pingo Doce tinha umas de caça muito boas, nada gordas e saborosas. Daí até me convencer foi um instante.
Realmente eram saborosas, não rebentaram, não eram gordas...mas o pior veio de noite. ás 3 da manhã andava esta menina cheia de azia, muito mal disposta e a fazer chá.
Alheiras? Nunca mais!
Mas, uma ou outra vez ainda gostava de as comer.
Quem sabe, algum dia (ao almoço) experimente este patê.
miguel tem toda a razao estas alheiras sao bem melhores.
ResponderEliminare o pate esta mesmo apetitoso. beijinho
Miguel,
ResponderEliminarEu costumo dizer que não gosto de alheiras, mas na realidade eu até gosto. O que eu não gosto é o que os Lisboetas fizeram às alheiras, quando eu contei aos meus amigos transmontanos que em Lisboa serviam as alhaeiras fritas com batata frita e ovo estrelado, eles encheram-se de riso que é como se diz lá por cima.
A alheira para mim só é boa assada nas brasas, e nem é necessário que seja por muito tempo, pois tudo o que está dentro da alheira está cozinhado.
Cá por baixo aparecem umas alheiras mais ou menos manhosas que nada têm a ver com uma verdadeira alheira, que por dentro deve ter frango, coelho ou caça desfiados, pão, salsa e outros condimentos.
Gostei da tua sugestão e do pote onde apresentas o patê.